segunda-feira, 20 de abril de 2009

Trovas de Cetim de Sandra Pinto




PRÓXIMO LANÇAMENTO

Trovas de Cetim de Sandra Pinto
18 de Abril, café Majestic - Porto
2 de Maio, Marco de Canavezes
30 de Maio, em Baião




Sandra Pinto bebeu todos os cálices onde florisse a poesia, preparando-se, como crisálida, para nascer poeta. E, claro, não fugiu ao amor, esse lugar de encontro entre o eu poético e o outro que sustenta o peso dos sentimentos ávidos de se libertarem, pois, como diz Sparks, aquele é o lugar onde “Estou (…) porque não existe nenhum outro sítio onde possa estar”. Não fugiu; antes, procurou-o. Dir-se-ia que o outro é uma espécie de íman para onde flúem, atraídas, as emanações da alma poética, corporizadas nos incêndios das palavras.
“Sílabas, sílabas... sílabas...
que outrora se incendiavam na madrugada
com o suspiro silvestre em que poisavam
nas horas tristes de recordação.
De cada instante de eflúvio
por quem implora a minha poesia?”
Por quem implora a poesia de Sandra Pinto? “Busco as trevas sem ousadia, / Desfrutando-as sepultada no esquecimento, / contando os meus caprichos de Amor”, diz-nos a poetisa, assim reconhecendo que o objecto do amor pode ser também o carrasco do eu poético, o carrasco que o lance nas trevas, deixando “o meu espírito incendiado / pela sombra de te perder...”.
Perda e ausência são também lagos pesados para onde escorre muita da tinta esculpida pelo coração desnudado da poetisa, saudosa “(…) do chão / da noite... / dos instantes profundos / que a alameda testemunhou”. A poesia balança, assim, na ambivalência sempre presente na relação amorosa, entre o que se espera que seja e o que efectivamente é, sabendo que não se vive a plenitude sem o outro, mas também nem com o outro. Daí que a poetisa reconheça a (im)possibilidade da simbiose eu-tu no seio da poesia e na cânfora da memória, onde tudo se pode reescrever com as cores desejadas.
Autor:
Sandra Pinto
Apresentações do Livro:
18 de Abril, às 21.30 no café Majestic - Porto

1 comentário:

Conceição Bernardino disse...

Parabéns Sandra,

O teu livro é fantástico.