quinta-feira, 21 de maio de 2009

VII FEIRA DO LIVRO DE MONDIM DE BASTO


Desígnios Desusados de Fernando Salgado




Fernando Salgado nasceu em 1933, na freguesia do Bonfim, da cidade do Porto. De família comedida e digna, cedo começou a trabalhar, o que se prolongou por quarenta anos, até 1987, sempre ao serviço do Ministério do Trabalho e da Segurança Social.Trabalhador-estudante entre os anos de 1968/72, fez a sua carreira ao serviço das seguintes instituições: Caixa Sindical Têxtil do Porto e Vila Real, Caixa da Indústria de Lisboa e Aveiro, Caixa do Comércio do Porto, Caixa de Coimbra e de Braga e Centro Regional de Segurança Social do Porto.Decide-se pela escrita poética a partir de 1999, com a publicação de Canto a Timor, a que se seguiram Memória Insinuante (2002), Impulsos Oblíquos (2007) e, finalmente, Desígnios Desusados (2009). Está incluído na Antologia de Autores não Publicados do ano de 1985.




23 de Maio - Salão Nobre do Clube Fenianos do Porto
Às 15.30 horas
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Constatações de Serafim Ferreira





“A aplicação da Convenção dos Direitos da Criança é uma exigência a ser permanentemente lembrada aos governos. Por isso requer o envolvimento de toda a sociedade, (...)
A Esperança encerra esta reflexão. Não pretendendo dar respostas, este livro de constatações deposita uma fé inabalável nas próprias crianças e no importante papel que têm a desempenhar.” Amélia C. R. Moreira
24 de Maio na Escola Primária do Calvário em Recareiàs 16.00 horas

Homem de fortes convicções e de ideais bem definidos, desde cedo se iniciou na escrita, começando por escrever textos vários, casualmente e ao longo dos anos. Escreveu durante as diversas fases da sua vida, tendo com isso conseguido uma extensa diversidade nos temas dos seus textos. Nascido em Recarei, a 27 de Março, aqui fez escola e se estabeleceu, tendo temporariamente vivido no Porto, onde trabalhou e prosseguiu os seus estudos.Homem determinado, incapaz de desistir, na vida e na escrita, de algo que gosta, lutou para conseguir ter o seu primeiro livro editado. Depois de ter ainda publicado um segundo livro de poesia e um romance, em edição de autor, mostra-nos agora mais um pouco do seu saber, adquirido com a vivência de alguém que nunca parou no tempo.Assim é o homem, assim é o autor. Assim é o meu pai, Serafim Rocha Ferreira.
Leonardo C. Ferreira
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Lançamento do Livro de Poesia e Prosa (CASCATA DE SÍLABAS) - Vóny Ferreira


A autora Vóny Ferreira e a Editora Mosaico de Palavras, têm a honra de convidar V. Exas. a estar presente na sessão de lançamento do livro “CASCATA DE SÍLABAS, livro de poesia e prosa, que terá lugar no próximo dia 6 de Junho, pelas 15.30 horas, na Biblioteca de Leiria (Terreiro) que fica na parte velha da cidade de Leiria.




Prefaciado e apresentado pela Doutora Goreti Dias.


Poemas declamados pelo Poeta, Dionísio Dinis.




“…Nos seus textos, a linguagem poética e criadora pode veicular a ilusão de que escreve para si mesma como forma de amenizar alguma da sua dor, contar o que a sua alma vive, ou os seus anseios. A intensidade com que afirma: “Quero, quero colher glicínias nos muros altos, as rosas secas do Outono. Trazê-las num molho colorido, silvestre, que te mostrem os resíduos do vento” traça a morada da poetisa no seu poema. “ Sou um Poema/Não tenho rosto… Não tenho mãos/ Não tenho boca” ; “Ando à procura de mim em tudo o que escrevo”, “A gramática arde-me no peito como ferida aberta”. Sem querer atribuir-se à escritora uma intenção de criar em nós o mesmo desejo, ela acaba por o atingir. De alguma forma, quem lê procura sempre encontrar nas escritas dos outros a expressão para os seus sentimentos. A autora consegue fazer nascer nos seus leitores um tempo-espaço e um sentir-o-mesmo em sintonia com o seu sujeito poético. Se lhe lemos uma vontade forte e decidida “ de renascer… para te amar”, patenteia-se aos nossos olhos o inevitável nascer ou renascer do nosso anseio tornado igual.“No irrealismo dos sonhos” e na “ linha transversal a delinear os meus sonhos” a poetisa torna-se mensageira das dissonâncias da alma, da vontade de olhar para além das palavras e do limite do eu. A consciência do eu poético permite-lhe afirmar: “ Um dia hei-de ser capaz de me agarrar às asas de uma águia e voar com ela”... (Goreti Dias)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Linhas Incertas de Conceição Bernardino




Os textos de Conceição Bernardino não escapam à descoberta de um determinado ponto de vista, ou seja, ao inevitável pressuposto de um sujeito, já que não existe uma análise absolutamente neutra, sem indivíduo. Cada poema é uma situação de comunicação em que a subjectividade dá lugar à apresentação claramente incisiva de alguém que gira nas esferas de valores observadas e colhidas na sociedade, ciência, moral e arte, a reflexão de um acto de conhecimento da autora em contacto com o mundo real, as suas injustiças, guerras e desamores. (…)
A poesia de “Linhas incertas” tem uma força imagética que nos roça a pele e penetra a carne, uma magnitude que, poesia dentro, se faz a cada verso mais crua, mais real. A presença de predadores na esquina dos desprevenidos, dos simples e dos desprotegidos! Da passividade à actividade, o sujeito da enunciação instiga “Crentes do nada, do vazio, levantai a cruz,/que a morte cala todos os dias...” em “ Sexta-feira Santa”; as palavras oferecem-se à partilha da dor: “Sou um pedaço de carne/que atiram aos cães”, em “Retirem-me estes cadeados”.
30 de Maio - às 15.00 horas na Casa Museu Teixeira Lopes - Vila Nova de Gaia

Era Agosto e Chovia de Elvira Santos








Natural de Gouvães do Douro, freguesia que desce pelos socalcos vinhateiros do Douro, no concelho de Sabrosa (Torga também viu aqui o mesmo céu), Elvira Santos cedo começou a colher poesia nas linhas da paisagem enorme desfolhada perante seus olhos e dos livros que vinham à mão. Depois, a vida ora lhe trouxe mais ora lha tirou. Agora, chegou o momento de também tecer as suas linhas para quem ainda goste de colher
poesia.



Fruir a aventura poética que constitui o livro em presença é calcorrear os trilhos das relações sensoriais do Homem com a Natureza. É saborear as “palavras com cor, …” e “…a nudez das palavras…” tecidas com um fervor encantador. É em simultâneo sucumbir à nostalgia dos odores, dos sons e das paisagens, da dor que nos reconforta.
Podemos afirmar, com humilde legitimidade, que a poesia de Elvira Santos é também um filosofar espontâneo, despretensioso e autêntico, que nos reabilita o espanto perante os mistérios da Vida.

Doutor Cirurgião
Rodrigues da Silva