sexta-feira, 8 de maio de 2009

Era Agosto e Chovia de Elvira Santos








Natural de Gouvães do Douro, freguesia que desce pelos socalcos vinhateiros do Douro, no concelho de Sabrosa (Torga também viu aqui o mesmo céu), Elvira Santos cedo começou a colher poesia nas linhas da paisagem enorme desfolhada perante seus olhos e dos livros que vinham à mão. Depois, a vida ora lhe trouxe mais ora lha tirou. Agora, chegou o momento de também tecer as suas linhas para quem ainda goste de colher
poesia.



Fruir a aventura poética que constitui o livro em presença é calcorrear os trilhos das relações sensoriais do Homem com a Natureza. É saborear as “palavras com cor, …” e “…a nudez das palavras…” tecidas com um fervor encantador. É em simultâneo sucumbir à nostalgia dos odores, dos sons e das paisagens, da dor que nos reconforta.
Podemos afirmar, com humilde legitimidade, que a poesia de Elvira Santos é também um filosofar espontâneo, despretensioso e autêntico, que nos reabilita o espanto perante os mistérios da Vida.

Doutor Cirurgião
Rodrigues da Silva


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